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Líder! Está na hora da mudança

        Entrou na empresa, comece a entoar o mantra: “Ser aberto; ser transparente e ser autêntico.” Não é a Plano B que está falando para o líder ser assim, quem está dizendo é Charlene Li em seu mais recente livro “Liderança Aberta”, que acabo de devorar.

      Mas, quantos líderes, gerentes, coordenadores você conhece e que pratica uma liderança aberta? Mais ainda, quantos profissionais de primeira linha você conhece e que são realmente transparentes? Reflita com cuidado e seja justo. Certamente levou um tempinho para se lembrar. Sabe por quê? Resistência! Poder sobre os seus funcionários!

      A resistência é fácil de analisar. O gerente que não pratica este tipo de liderança que já está dominando o mundo corporativo acha que ser aberto é o momento que ele perderá o controle de sua administração, de sua equipe e do trabalho. Tradicionalmente, ter o controle central é a solução. Como assim? Ainda tem gerente que pensa desta forma? Não se espante! A lista é imensa! 

            Com os avanços tecnológicos este tipo de controle tornou-se impossível de administrar e muitas empresas e muitos gerentes ainda não conseguiram enxergar que uma vez navegando pelas mídias e redes sociais a liderança automaticamente será aberta, podendo melhorar a comunicação, a eficiência da equipe e a tomada de decisão.

            Já pensou em ter um gerente assim? Eu tive poucos, quando não tinha ocorrido a explosão das mídias e redes sociais. Hoje, os acompanho e fico orgulhosa de vê-los ainda atuando em grandes empresas seguindo principalmente os instintos e pensando da seguinte forma: se eu for aberto, se for transparente e se minha equipe puder utilizar as mídias e redes sociais, ela certamente estará mais bem informada, estaremos compartilhando informação e conhecimento. Todos nós iremos lucrar.

            Como diz Charlene Li que sou fã ardorosa:

                                     “O conceito de liderança exige uma nova abordagem, nova mentalidade e novas   competências. Não é suficiente ser bom comunicador. É preciso ser firme ao compartilhar perspectivas e sentimentos pessoais para desenvolver relacionamentos próximos. Comentários on-line não podem ser evitados e não devem ser ignorados. Ao contrário, eles devem ser abraçados como oportunidades de aprendizagem. É necessário, portanto, que estejamos abertos tanto para felicitações como para reclamações todos os dias”.[1]

            Realmente é uma nova mentalidade e poucos no Brasil ainda pensam desta forma. Conheço grandes empresas que ainda teimam em permanecer com o antigo modo de liderança e ainda, uma liderança ameaçadora, principalmente quando há avaliações 360˚. Grandes empresas que não deixam seus funcionários acessarem as redes e mídias sociais com medo da perda de poder e do excesso de informação. Empresas que ainda preferem se manter e se sentem “seguros” com a divulgação de comunicados distribuídos pela comunicação interna. Conheci gerentes que chegavam à empresa beijando seus funcionários como forma de um bom dia de trabalho tentando passar uma gestão aberta, transparente, aconchegante, amiga. Mas na hora do vamos ver…

Este tipo de liderança não tem sobrevivência. Muitas empresas já estão provando que não vale a pena. Sei de muitas que já estão colhendo os frutos desta nova forma de se relacionar. São Empresas 2.0. Que já romperam barreiras vive o futuro, uma nova era e não desejam voltar à forma antiga de liderar. Apesar de ser bem mais difícil e mais complicada de se administrar, pois coisas boas e ruins são compartilhadas, este é o melhor jeito de vencer obstáculos junto à equipe. São empresas que respondem o bom e o ruim, que escutam seus funcionários sem distribuir em reuniões olhares e tons ameaçadores.

Saiba que abrir mão do controle é inevitável. Se não tem o caminho das pedras para começar a realizar este trabalho, aconselho reflexão e compre o livro da Charlene Li. Um horizonte irá se abrir para você que é líder de qualquer empresa. Pequena, média ou grande, não importa. O que você realmente deve pensar é que as mídias e redes sociais estão transformando o mundo e acima de tudo isto, nas empresas estão transformando o modo de liderar.

                                                                                          MUDE!


[1] Li, Charlene, “Liderança Aberta” , Editora Évora, pág, 9, 2011

 

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